Julho de 2025 entrou para a história como o mês em que dois dos maiores ícones dos quadrinhos voltaram aos trilhos nas telonas. Tanto Superman (2025) quanto Quarteto Fantástico: Primeiros Passos conquistaram o público e acertaram em cheio o tom dos heróis clássicos da DC e Marvel. Mas a verdadeira surpresa? Nenhum desses filmes seria o que é hoje sem a influência de Brad Bird.
Sim, o diretor que nunca dirigiu oficialmente um filme da Marvel ou da DC talvez tenha sido o maior arquiteto do que conhecemos hoje como cinema moderno de super-heróis.

Brad Bird: o arquiteto invisível
Em O Gigante de Ferro (1999), Bird contou a história de um ser alienígena superpoderoso, mas com um coração maior que qualquer superforça. Um personagem que, literalmente, sonha em ser como o Superman. Já em Os Incríveis (2005), a família Parr enfrentava dilemas que mesclavam os dramas do cotidiano com batalhas épicas contra supervilões. O resultado? Uma espécie de “Quarteto Fantástico” em animação — antes mesmo da Marvel Studios entrar em cena.
Superman e o legado do Gigante
Assim como o Gigante de Ferro, o novo Superman interpretado por David Corenswet lida com o desafio de ser um símbolo de bondade em um mundo que já não acredita em heróis. James Gunn não esconde que sua abordagem buscava recuperar a essência inspiradora do personagem — algo que Bird já havia capturado com perfeição há mais de duas décadas.
Quarteto Fantástico e a sombra dos Incríveis
Em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, dirigido por Matt Shakman, é impossível não notar as semelhanças com Os Incríveis. Temos o foco em dinâmica familiar, humor sincero, poderes complementares e até uma ameaça que ecoa os vilões cartunescos, mas perigosos, da Pixar. Como se não bastasse, há quem diga que Flecha e Zezé são protótipos perfeitos de personagens como Johnny Storm e Franklin Richards.
Muito antes da Marvel Studios dominar os cinemas…
É inegável que o MCU revolucionou o gênero, mas Brad Bird antecipou boa parte dessa revolução. Ele mostrou que era possível misturar emoção, espetáculo e humanidade em narrativas de super-heróis. E agora, em 2025, os dois filmes que muitos apontam como responsáveis por reviver o gênero parecem ter voltado a essa fórmula original.
No fim das contas, talvez Bird nunca tenha dirigido um filme com “Superman” ou “Quarteto Fantástico” no título. Mas, em espírito, ele já fez isso — e antes de todo mundo.
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